Tuesday, June 16, 2015

Part 40: (Cognition and the Contextual Self): Dialogues on a Philosophy for the Individual

(Pix (c) Larry Catá Backer 2015)

With this post Flora Sapio and I (and friends from time to time) continue an experiment in collaborative dialogue. The object is to approach the issue of philosophical inquiry from another, and perhaps more fundamentally ancient, manner. We begin, with this post, to develop a philosophy for the individual that itself is grounded on the negation of the isolated self as a basis for thought, and for elaboration. This conversation, like many of its kind, will develop naturally, in fits and starts. Your participation is encouraged. For ease of reading Flora Sapio is identified as (FS), and Larry Catá Backer as (LCB).

The friends continue their discussion from which Betita Horm Pepulim responds to Flora Sapio. 

Contents: HERE.  
 

(BHP) Dear friends, Larry, Flora, Paul and Ulisses, this is my answer to the last Flora's text, and for the what Larry has written about free individual.

Dear Flora, I think that imagination and reason are complementary.

The reason is the "gift" of intellectual knowledge individual's.

The reason is an understanding, and for this reason it's opposed to emotion.

The reason is the ability of deductive thinking, which takes place by means of arguments and abstractions. It is the "gift" of the reasoning.

This word is a code for a process that does not need to be taught.

Intuitively we perceive this process.

For this was not taught to you, which are the respective roles of reason and imagination, like you said.

This was not taught to anyone. It is an individual perception.

The word reason comes from the Latin word "ratio" and the Greek word "logos", meaning gather, collect, measure, calculate.

So reason means to think, speak neatly, with measurement, clearly and understandably so.

Regarding the imagination, it's the ability to invent, create, conceive.

Flora, I've been thinking about what you wrote about no one can imagine an independent individual. And about what Larry has been talking about this subject.

The issue for me is that if created another dogma: The independent individual.

I think the independent individual is one who feels that way.

The reality of each is indisputable. Trying to define independence is a way to trap it.

An individual may live in a society, to submit to her rules and have a free spirit.

This is an independent individual. If there is a concept to define an independent individual, he ceases to be independent. Because,so, becomes is part of a model.

Regarding rules, they are to maintain a kind of order, not necessarily to take the independence of someone.

The human being realizes his humanity in its relationship with other human beings.

The rules may limit the freedom of action of an individual, but will never limit freedom and / or independence of thinking and feeling, which gives him the freedom to think and feel.

We can not forget that freedom is the ability to act for himself. She is the genuine expression of the human essence.

About the image I posted, for me, for me, he had a clever irony about how people usually behave, and do not always realize.

Many people raise a banner critical about certain attitudes that see in the world, without thinking about how they are acting towards others.

A part of the lyrics of the song Man In The Mirror, sung by Michael Jackson, is a good example of what I mean.

This excerpt and / or part I mentioned says:

[...]I'm starting with the man in the mirror,
I'm asking him to change his ways,
And no message could have been any clearer:
If you wanna make the world a better place
Take a look at yourself and then make a change [...]

Really, no one can teach you what you are. But I believe that the knowledge of what surrounds us can wake us up for who we are, and in some cases can free us from "some" mold prevalent in the environment we grew up and in the middle we choose to live as adults.

Regarding the fact a person want to shape another person, I think this is natural. It is a characteristic of human nature. Man, for a matter of survival always tried and keeps trying to adapt and / or "fix" your surroundings according to its criterion of what is good, so that he can "live better".

And this includes "fix" the people, what they think and how they behave. The individual is full of expectations of how things should be. And because of these expectations, he often invades the space of the other.

What occurred to me now is that while we are here discussing this issue, each of us is defending what it considers a kind of truth. We are trying to find an "answer".

We fight for what we believe. But when we do this, we are somehow saying that what we do not agree is not the most correct, or is not ideal. We're invading the space of a some other.

This, my friends, is an interesting discussion, why always go back to the same point. A philosophy is a set of personal reflections that seek to understand one reality, from the ratio.

A philosophy is one consequence of a wisdom which, in turn, is the meeting of the rules or basic principles that guide the practical life.

So my friends, I think to build a philosophy of the individual is necessary to understand that you can not conceptualize freedom. The freedom can be described, but will always depend, of whom describe.

PS. Excuse me for having been slow to respond.

Caros amigos, Larry, Flora, Paul e Ulisses, esta é a minha resposta para o último texto de Flora e para o que Larry tem escrito sobre a questão do indivíduo livre.

Cara Flora, eu acho que a imaginação e a razão são complementares.

A razão, é o “dom” de conhecimento intelectual do indivíduo. A razão é um entendimento, e por este motivo ela é oposta a emoção. A razão é a capacidade do pensamento dedutivo, que acontece por meio de argumentos e de abstrações. É o “dom” do raciocinio.

Esta palavra é um código para um processo que não precisa ser ensinado. Intuitivamente nós percebemos este processo. Por isso não foi ensinado a você, quais são os respectivos papéis da razão e imaginação, como você disse.

Isto não foi ensinado para ninguém. É uma percepção individual.

A palavra razão tem origem na palavra latina, “ratio” e na palavra grega “logos”, que significam reunir, juntar, medir, calcular. Portanto, razão significa pensar, falar ordenadamente, com medida, de modo claro e compreensível. No que tange a imaginação, ela é a faculdade de inventar, criar, conceber.

Flora, eu tenho pensado no que você escreveu sobre ninguém conseguir imaginar um indivíduo independente. E sobre o que Larry tem falado sobre este assunto. A questão para mim, é que criou-se mais um dogma. O indivíduo independente. Eu penso que o indivíduo independente é aquele que se sente assim. A realidade de cada um é indiscutível. Tentar definir a independência é uma forma de aprisioná-la.

Um indivíduo pode viver em uma sociedade, submeter-se as suas regras e ter um espírito livre. Este é um indivíduo independente. Se existir um conceito para definir um indivíduo independente, ele deixa de ser independente. Porque, assim, torna-se parte de um modelo. No que tange as regras, elas existem para manter um tipo de ordem, não necessariamente para tirar a independência de alguém. O ser humano realiza a sua humanidade na sua relação com os demais seres humanos. As regras podem limitar a liberdade de ação de um indivíduo, mas nunca vão limitar a liberdade e/ou a independência de pensar e de sentir, que proporciona a ele a liberdade de pensar e sentir.

Não podemos esquecer que a liberdade é a capacidade de agir por si mesmo. Ela é a expressão genuína da essência humana.

Sobre a imagem que eu postei, para mim, para mim, ele apresentava uma ironia inteligente sobre a forma como as pessoas costumam se comportar, e nem sempre percebem. Muitas pessoas levantam uma bandeira crítica sobre determinadas atitudes que elas vêem pelo mundo, sem pensar em como estão agindo em relação ao próximo.

Uma parte da letra da música Man In The Mirror, cantada por Michael Jackson, é um bom exemplo do que estou falando.

Este trecho e/ou parte que mencionei diz:

[...]I'm starting with the man in the mirror,
I'm asking him to change his ways,
And no message could have been any clearer:
If you wanna make the world a better place
Take a look at yourself and then make a change [...]

Realmente, ninguém pode ensinar o que você é. Mas eu acredito que o conhecimento sobre o que nos cerca pode nos despertar para quem somos, e em alguns casos pode nos libertar de “alguns” moldes predominantes no meio em que crescemos e no meio que escolhemos viver quando adultos. Quanto ao fato de uma pessoa querer moldar outra pessoa, acho que isto é natural. É uma característica da natureza humana. O homem, por uma questão de sobrevivência sempre tentou e continua tentando adaptar e/ou “arrumar” o seu entorno segundo o seu critério do que é bom, para que ele possa “viver melhor”. E isto inclui “arrumar” as pessoas, o que elas pensam e como elas se comportam. O indivíduo é cheio de expectativas relativas a como as coisas devem ser. E por causa destas expectativas, ele muitas vezes invade o espaço do outro.

O que me ocorreu agora, é que no momento que estamos aqui discutindo este assunto, cada um de nós está defendendo o que considera um tipo de verdade. Estamos tentando encontrar uma “resposta”.

Nós lutamos pelo que acreditamos. Mas quando fazemos isto, estamos de alguma maneira dizendo que aquilo que não concordamos não é o mais correto, ou não é o ideal.

Estamos invadindo o espaço de algum outro.

Esta, meus amigos, é uma discussão interessante, por que sempre vamos voltar ao mesmo ponto. Uma filosofia é um conjunto de reflexões particulares que buscam entender uma realidade, a partir da razão. Uma filosofia é uma consequência de uma sabedoria que, por sua vez, é a reunião das regras ou princípios básicos que norteiam a vida prática. Assim meus amigos, eu penso que para construir uma filosofia do indivíduo é necessário entender que não é possível conceituar a liberdade. A liberdade pode ser descrita, mas esta descrição sempre vai depender de quem a descrever.

PS. Desculpem-me por ter demorado a responder.

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